quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Exército da Colômbia


anuncia morte do líder


militar das Farc

Mono Jojoy morreu em combate, segundo os militares colombianos.
Confronto ocorreu em Meta, na região central do país.

O principal comandante militar das Farc, Víctor Julio Suárez Rojas, também conhecido como Jorge Briceño ou Mono Jojoy, foi morto em combate, informou nesta quinta-feira (23) um porta-voz do Exército da Colômbia. O procurador-geral do país, Guillermo Mendoza, também confirmou a informação.

A morte ocorreu durante a madrugada, em uma operação conjunta do Exército, das Forças Aéreas e da polícia, em uma região de selva na cidade de La Macarena, no departamento do Meta, na região central do país.

O corpo teria sido identificado, mas ainda estava no local, onde os combates prosseguiam. Pelo menos outros 20 combatentes teriam sido mortos.

Participaram dos combates 30 aviões, 16 helicópteros e cerca de 250 homens, segundo fontes do Ministério da Defesa.

'Mono Jojoy' em foto de 27 de junho de 2001 em La Mararena.'Mono Jojoy' em foto de 27 de junho de 2001
em La Macarena. (Foto: AFP)

'Mono Jojoy' nasceu em 5 de fevereiro de 1953 em Cabrera, departamento de Cundinamarca.

Ele vinculou-se ao grupo em 1975, como guerrilheiro raso. Havia recompensas milionárias por sua captura, oferecidas pelo governo da Colômbia e pelo Departamento de Estado dos EUA.

Contra ele, havia 62 ordens de prisão, por crimes como homicídio, sequestro e terrorismo.

A morte deve ser o principal golpe na guerrilha marxista desde 2008, quando morreram seu fundador Manuel 'Tirofijo' Marulanda e seus líderes Raúl Reyes e Iván Ríos.

As Farc são a guerrilha mais antiga da região. O grupo é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia. O governo da Colômbia acusa as Farc de obter rendimentos milionários com a produção e tráfico de cocaína.

Presidente celebra
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, celebrou a morte de Mono Jojoy.

Santos, que está na sede da ONU em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, disse que, com a morte, "caiu um símbolo do terror".

Em Bogotá, o ministro da Defesa, Rodrigo Rivera, disse que a operação "foi o mais forte golpe na história da Colômbia contra essa organização narcoterrorista" e atingiu "o coração" das Farc.

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