quarta-feira, 8 de setembro de 2010


MORRO DO CHAPÉU-BA
Chapada Diamantina Setentrional
Chapada Norte

Morro do Chapéu
Histórico

As primeiras explorações no território do município foram realizadas pelos Jesuítas. Entretanto os Bandeirantes também passaram por essas terras, sendo que GABRIEL SOARES DE SOUZA foi o primeiro a explorar a região com o objetivo de descobrir minas. Lendárias são as notícias das passagens de Muribeca, o descobridor das minas de prata, e de Robério Dias pelas terras de Morro do Chapéu. Também há registro da passagem do sertanista Romão Gramacho pela região.

Diversas histórias afirmam que, em 1551, quando os jesuítas exploraram as matas do Sincorá, por conseguinte as cabeceiras do Paraguaçu, foi explorado o rio a que deram o nome de Riachão de Utinga. Dados a ser zona fertilíssima, alguns exploradores fixaram-se nesse local, para fazer plantações. Entretanto, o principal e definitivo fator do povoamento do município foi a concessão de grande área de terras ao 6º Conde da Ponte, João Saldanha da Gama de Mello e Torres, por D. Fernando José de Portugal, com a finalidade de promover o povoamento. A partir daí, foram fundadas as seguintes fazendas: Morro (conhecida hoje por Morro Velho, lugar onde houve a 1ª missa), Olho D’água, Canabravinha, Tapera, Santo Antônio, São Rafael, Jaboticaba, Morrinhos e Gurgalha. Um dos colonos, Manoel Ferreira dos Santos, adquiriu terras do 6º Conde da Ponte, fundando com seus filhos (Antônio, José e Domingos) e com José Joaquim Cardoso a fazenda Gameleira. Contudo, o maior colonizador foi Antônio Guedes de Brito, que possuía 160 léguas de terras, contadas de Morro do Chapéu até as águas do rio das Velhas.

Em 1724, conforme diz Luiz Santos Vilhena, quando se iniciou a exploração de ouro na freguesia de Jacobina, já se desenvolvia a criação de gado no território do atual município, o que contribuiu também para o povoamento.

Já em 1795, O MISSIONÁRIO CAPUCHINHO, Frei Clemente Adorno, chegou à fazenda MORRO, na qual iniciou a catequese. Por sua iniciativa, foi edificada uma capela na fazenda Gameleira, pertencente a Antônio Ferreira dos Santos, o qual contribuiu muito para a edificação da capela de Nossa Senhora da Graça, doando um terreno como patrimônio, onde hoje se situa a igreja matriz.

Foi em 1823, que a população aumentou com a chegada dos portugueses refugiados da perseguição dos nacionais (depois das lutas da independência do Brasil), que se estabeleceram com suas fazendas de gado.

A capela, cuja construção terminou em 1834, foi elevada a freguesia por Lei Provincial nº 67 de 1º de junho de 1838, sob o orago de Nossa Senhora da Graça, desmembrada da freguesia de Santo Antônio de Jacobina, sendo seu primeiro vigário o padre Francisco Gomes de Araújo. Naquela mesma data, o povoado passou a chamar Morro do Chapéu e teve a categoria de distrito de paz. A Lei Provincial nº 933 de 7 de maio de 1864 elevou Morro do Chapéu à categoria de Vila e Município, formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Graça e de Mundo Novo. Em 06 de agosto de 1865 aconteceu a eleição para o Conselho Municipal, sendo instalada a Vila em 06 de novembro de 1865, com os seguintes Conselheiros:

Major Manoel Barbosa de Souza – Presidente - Vigário Joaquim Inácio de Vasconcelos - Aníbal José Pereira Borges - Constantino José Cavalcanti - José Friandes de Figueiredo - Olegário Pinto - Joaquim da Rocha César.

Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi criado o cargo de Intendente, como Chefe do Executivo Municipal, ratificado pela Constituição Federal de 1891. Foi indicado o Sr. Antônio Lourenço Seixas Júnior, que governou o município de 1889 a 1891.
Pela Lei Estadual nº 751 de 08 de agosto de 1909 a vila Morro do Chapéu foi elevada à categoria de cidade.

Origem do nome de Morro do Chapéu

Os primeiros a penetrar nas terras da Chapada perceberam um monte com forma de chapéu, logo, começaram a chamá-lo de morro do chapéu. Esse, que hoje é denominado de Morrão, tem uma altitude de 1.293m acima do nível do mar, sendo o ponto mais alto do município.
Outra versão sobre a origem do nome do municipio é que nas imediações do Morrão moravam índios Payayases, que amarravam ou cortavam o cabelo em forma de chapéu.

Informações Geográficas

Fonte: IBGE Ano: 2000
Área (Km2): 5.491,7
Altitude da Cidade (m.): 1.040
Altitude do Ponto mais Alto (m.): 1.293 - (Morrão - 8km da sede do município)
Latitude: 11º 09' 48"
Longitude: 41º 09' 26"
Clima: Seco sub-úmido
Densidade pluviométrica: Meses de maior insidência 400-1.100mm novembro a março

Informações Demográficas

Fonte: IBGE Ano: 2000
População Total (hab.): 34.494
População Urbana (hab.): 19.796
População Rural (hab.): 14.698
População da Sede (hab.): 16.408
Taxa de Urbanização (%): 57,39%
Densidade Demográfica (hab/km2): 6,26
Eleitorado Votante: 22.884

Caracterização do Município

CEP: 44850.000
DDD: 74
Área: 5.413,4 Km2
População: 34.475 Habitantes
Seções eleitorais: 80
Quantidade de Eleitores: Zona urbana: 11.255 Zona rural: 11.629
Total de eleitores: 22.884
Limite com outros municípios: Utinga , Bonito, Cafarnaum, América Dourada, João Dourado, São Gabriel, Sento Sé, Ourolândia, Várzea Nova, Miguel Calmon, Piritiba e Tapiramutá.
Latitude da Igreja Matriz no centro da cidade: 11º33’48’
Longitude da Igreja Matriz no centro da cidade: 41º09’26”
Altitude do Morrão: 1.293 (ponto mais alto do município)
Distância de Salvador: 386KM
Clima da cidade: Seco-Sub-úmido
Temperatura média anual: 20.1ºC
Densidade Pluviimétrica - Meses de maior incidência: novembro a março (400 - l.l00mm)
Tensão Elétrica local: 220 V
Data da Emancipação Potítica: 07/05/1864
Elevação a categoria de cidade: 08/08/1909
Agências Bancárias:
- Banco do Brasil: Praça Flaviano Guimarães – (74)3653 1010 /1011/1012
- Banco do Bradesco: Praça Flaviano Guimarães – (74)3653 1120
- Banco do Nordeste: Praça Camilo Calazans – (74)2653 1221

Informações Geo-Históricas

Distritos: Sede do Município, Camirim, Dias Coelho, Duas Barras do Morro, Icó, Tamboril e Ventura.
Povoados: Gameleira, Flores, Fedegosos, Brejões, Mônica, Gruta dos Brejões, Lourenço, Monte Azul, Olhos D’Água, Umburaninha, Barra I, Barra II, Queimada Nova, São Rafael, Tareco, Velame, Lagoa Nova, Santa Ursula, Mulungu do Rosendo, Várzea Grande, Cachoeira, Ponta D’Água, Volta Grande, Pinhões, Veredinha, Lagoinha, Formosa, Riacho Fundo, Cercado, Boa Esperança, Alecrim, Destoque.

Fazendas: Achado de Paizinho, Achado de Ya, Achado Terra Nova, Jacarezinho, Queimada dos Marotos, Travessão, Vermelhos I, Vermelhos II, Alívio, Cercado, Espinheiro, Garapa, Lagoa do Barra, Lagoa do Cazuza, Riacho Fundo, Buracão, Boa, Tabocas, Palmeira, Jaboticaba, Coroa, Santo Antonio, Gaspar, Gurgalha, Canabravinha, Olho D’agua, São José, Coroa e muitas outras.

HINO A MORRO DO CHAPÉU

Letra: Profª. Judith Arlego
Música: Carlos Marques


Para cantar e exaltar esta terra
Amá-la e defende-la com ardor
É preciso conhecer suas belezas,
Riquezas, atrações que encerra.

Povo ordeiro, bom e hospitaleiro
Clima invejável, tradições mil
Morro do Chapéu terra querida,
Orgulho e esperança do Brasil.

Teu futuro será promissor,
Teu progresso uma realidade
À Bahia tu dás esplendor
Ó amada e linda cidade.

Cidade jardim, ouve este hino
De louvor e de ternura sem par
Que unidos teus filhos entoam uníssonos,
Num só coração a pulsar.

1984.

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